No domingo vou votar com sentido de urgência. Vou votar de coração aos pulos. Vou votar pela minha filha, pelo trabalho da minha mulher, pelo meu trabalho, pela escola pública, pelo ensino artístico, pela arte e pela cultura portuguesas. Vou votar em minha defesa, em nossa defesa.
Vou votar CONTRA a Coligação Portugal à Frente.
Para impedir que continuem a empobrecer e a desertificar o nosso país.
Para impedir que a nossa pobreza financie a riqueza de meia dúzia de dirigentes partidários, empresários obscuros ou banqueiros linguarudos. A saúde dos nossos pais, a educação dos nossos filhos, o trabalho que produzimos, as musicas que cantamos, os quadros que pintamos, as esculturas que construímos, os livros que escrevemos, as peças que encenamos é que são Portugal. Não essa coisa pastosa que se passeia na televisão a arrotar postas de pescada sobre produtividade, sustentabilidade ou crescimento.
Portugal não é uma dívida que se paga a desconhecidos. Não é um nome atrás de uma nota de rating escrita por um americano que não nos sabe apontar no mapa. Não é o desejo de Merkel nem de Schaüble.
Portugal não é Passos Coelho muito menos a sua hiperTecnoforma onde vai encobrindo com o dinheiro dos impostos a sua própria incompetência. Passos o viciado em mentir. Aquele que hoje diz uma coisa e amanhã o seu oposto para defender sempre a mesma ideia: que mais pobres seremos mais ricos. Não há nobreza nem riqueza na pobreza. Há apenas fome e miséria.
Votar em Passos Coelho é votar a favor da pobreza. Da nossa ou do vizinho. É votar no Paulo Portas dos submarinos, a bailarina irrevogável que se ri da nossa credulidade. É votar no partido de Oliveira e Costa e Dias Loureiro, no partido de Duarte Lima, de Miguel Relvas, o doutor, Miguel Macedo e o esquemas dos vistos dourados. É votar em Maria Luís que fez swaps ruinosos e mentiu no parlamento vezes sem conta. É votar em Bruno Maçães, Nuno Melo e nas visões distorcidas que têm de liberalismo financiado por impostos. É votar nos esquemas de Marco António Costa. É votar em Cavaco Silva, outra vez.
Já sei que está a pensar em Sócrates. Tenho uma resposta: Não vote em Sócrates. Vote noutro qualquer. É simples. Mas vote. Não se renda. Não deixe que outros decidam por si. Não seja o papalvo que se queixa mas não faz nada. Acredite que há gente capaz, inteligente e com outras ideias. Não faça aquele papel dos que dizem mal dos políticos e votam sempre nos mesmos. Salve-nos a todos da miséria e Vote Noutro Qualquer.