Um homem é levado ao topo de um arranha-céus. Ajudam-no a subir ao parapeito e dizem-lhe "Agora voe!". O homem responde que não tem asas nem para-quedas, não é um pássaro, não voa. É então que lhe dizem que o vão empurrar. Seja como for vai ser empurrado. Não há nada que possa fazer quanto a isso. Mas não há problema. Basta, para o efeito, voar.
O homem insiste que o seu corpo não foi feito para voar que nunca aprendeu a voar e que mesmo que lhe tivessem ensinado seria impossível voar. "Você é que está em cima do parapeito" respondem-lhe. "Você voa, nós só empurramos".
Desesperado o homem procura soluções, é então que pede algum equipamento, como um para-quedas, uma asa-delta ou mesmo um daqueles fatos com asas debaixo dos braços. Mesmo sem preparação para usar o equipamento talvez o dano seja menor e se safe. Respondem-lhe de imediato que esses recursos não existem, não estão disponíveis, e que ele vai ter de voar ainda assim.
O homem desiste, resignado, e diz "Ok, deixem-me falar com a minha família. Se vou morrer quero ao menos despedir-me". "Nem pense nisso homem. Você não está autorizado a morrer. Você só está autorizado a voar". E empurraram-no.
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artes plásticas... cinema... poesia... política... sei lá! ... basicamente as ideias todas a monte... o que passa pela cabeça e que escapa pelos dedos...
terça-feira, outubro 14, 2014
Agora voe!
Tem a ver com:
2014,
ilustração,
liberdade
domingo, outubro 05, 2014
O Traquinas da Educação e da Ciência.
O traquinas do ministro da educação conseguiu mesmo partir a jarra. Um dos bens mais valiosos da nossa democracia. A Escola Pública está partida, espalhada pelo chão. A sua missão comprometida, a sua honra colocada em causa.
Crato nunca demonstrou grande respeito pela Escola Pública. Para ele a educação é um privilégio reservado aos melhores. Por melhores entenda-se os que podem pagar para fazer parte do grupo dos melhores. Para Crato a escola pública não é importante. Porque os melhores arranjam sempre maneira de pagar uma escola ao seu gosto e o Estado escusa de gastar tanto dinheiro numa escola de qualidade para o povo. Ao povo bastam cursos virados para o trabalho. Criar operários baratos. Mas as crianças precisam sobretudo de educação. Precisam de saber ler o mundo, não só as letras.
Nuno Crato não gosta realmente do Ministério que ministra. Não acredita na sua missão. Sobretudo não tem respeito pelos alunos e pelos professores da Escola Pública. Trata-os como seres menores. Abaixo de si.
Nuno Crato foi tão displicente e desleixado na preparação do início do ano letivo que não o chegou a preparar de facto. Tal como foi displicente e desleixado em todo o seu mandato. Desde a primeira medida.
Estragou uma oportunidade que qualquer ministro da educação gostaria de ter - a obrigação legal de vincular milhares de professores contratados. Não soube como fazê-lo. Porque quis dar lições de moral enquanto o fazia e estragou tudo. Quis vincular professores enquanto tentava fazer o país acreditar que não precisava deles e nunca soube como os colocar ou selecionar.
Nuno Crato não soube utilizar a capacidade das escolas de escolherem os professores que queriam. Destruiu a confiança pública numa política de autonomia das escolas. Criou regras matematicamente inaplicáveis e não foi competente a lidar com os problemas que ele próprio criou. Sobretudo não foi verdadeiro, sincero ou transparente. Não foi sequer esforçado.
No dia mundial dos professores há muitos jovens competentes em Portugal que não podem trabalhar com os alunos porque o Ministério está mal organizado e não sabe gerir os seus recursos humanos. A incompetência de Nuno Crato está na base de todos os problemas. O seu desconhecimento do sistema e o seu desprezo pelo sistema condicionaram tudo. Estamos em Outubro e o ano letivo ainda não arrancou como devia.
Ao ministro não chega pedir desculpas, é preciso ter capacidade de trabalho e competência. Nuno Crato é hoje a negação da Escola Pública em pessoa e no entanto continua como ministro.
Resta-nos saber se os danos foram inadvertidos ou provocados deliberadamente. Apesar de tudo tenho uma opinião sobre isso...
Crato nunca demonstrou grande respeito pela Escola Pública. Para ele a educação é um privilégio reservado aos melhores. Por melhores entenda-se os que podem pagar para fazer parte do grupo dos melhores. Para Crato a escola pública não é importante. Porque os melhores arranjam sempre maneira de pagar uma escola ao seu gosto e o Estado escusa de gastar tanto dinheiro numa escola de qualidade para o povo. Ao povo bastam cursos virados para o trabalho. Criar operários baratos. Mas as crianças precisam sobretudo de educação. Precisam de saber ler o mundo, não só as letras.
Nuno Crato não gosta realmente do Ministério que ministra. Não acredita na sua missão. Sobretudo não tem respeito pelos alunos e pelos professores da Escola Pública. Trata-os como seres menores. Abaixo de si.
Nuno Crato foi tão displicente e desleixado na preparação do início do ano letivo que não o chegou a preparar de facto. Tal como foi displicente e desleixado em todo o seu mandato. Desde a primeira medida.
Estragou uma oportunidade que qualquer ministro da educação gostaria de ter - a obrigação legal de vincular milhares de professores contratados. Não soube como fazê-lo. Porque quis dar lições de moral enquanto o fazia e estragou tudo. Quis vincular professores enquanto tentava fazer o país acreditar que não precisava deles e nunca soube como os colocar ou selecionar.
Nuno Crato não soube utilizar a capacidade das escolas de escolherem os professores que queriam. Destruiu a confiança pública numa política de autonomia das escolas. Criou regras matematicamente inaplicáveis e não foi competente a lidar com os problemas que ele próprio criou. Sobretudo não foi verdadeiro, sincero ou transparente. Não foi sequer esforçado.
No dia mundial dos professores há muitos jovens competentes em Portugal que não podem trabalhar com os alunos porque o Ministério está mal organizado e não sabe gerir os seus recursos humanos. A incompetência de Nuno Crato está na base de todos os problemas. O seu desconhecimento do sistema e o seu desprezo pelo sistema condicionaram tudo. Estamos em Outubro e o ano letivo ainda não arrancou como devia.
Ao ministro não chega pedir desculpas, é preciso ter capacidade de trabalho e competência. Nuno Crato é hoje a negação da Escola Pública em pessoa e no entanto continua como ministro.
Resta-nos saber se os danos foram inadvertidos ou provocados deliberadamente. Apesar de tudo tenho uma opinião sobre isso...
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Nuno Crato,
professores,
sociedade
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