Eu não sou isto! Eu não sou este tipo que diz que não sente. Que mentira! O medo reconheço-o, mas o resto... Como vim aqui dar? Projecto inacabado como tudo o resto, dor silenciosa, aguda e lenta. Nem um desenho, nem uma pintura, nem uma música, nem um filme... nem sequer um texto.
Nada.
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artes plásticas... cinema... poesia... política... sei lá! ... basicamente as ideias todas a monte... o que passa pela cabeça e que escapa pelos dedos...
terça-feira, dezembro 30, 2008
"The Post that never was"
Isto já estava escrito há algum tempo, cá vai...
... para quebrar o vazio.
"estou a meter estas palavras no papel, sem crítica, não pretendo ter graça, não pretendo ser profundo, não pretendo impressionar ninguém: recuperei a infância, sou um miúdo espantado. E, tal como quando era miúdo, não morrerei nunca, qualquer fada obscura parece condenar-me à felicidade, uma dia dura que tempos, peguem-me ao colo."
António Lobo Antunes in Público 2008
Com tanta coisa a acontecer. Com o anunciado fim da confiança que depositámos nos nossos contadores de moedas. Com a revolta dos meus colegas professores com qualquer coisa mal feita que nem sequer quero entender bem. Com a morte do Paul Newman mais um filme dos Cohen e outro do Clint. A MacDonalds quer patentear a ordem pela qual montam uma "sandes" de carne picada. Tudo isto não me faz sair da letargia que me impede de opinar, de participar, de contribuir para este blog só meu. Pelo contrário estas palavras de António Lobo Antunes impelem-me a caneta sobre um bloco de papel. Nem sequer é no computador, como já me acostumei.
Porque ando preocupado com estas marcas no meu rosto, com os traços do tempo que cada vez mais me fazem companhia. "Estás um bocado acabado." disse-me, comigo ainda deitado na cama. Não me parece justo, não tive tempo.
Ainda me lembro de querer ser guarda-redes do Porto, de ainda ser possível. De querer passar a vida com uma guitarra pendurada nas costas e insultar o sistema mais os seus contadores de moedas, mas os meus dedos lentos e gordos nunca concordaram com esse projecto. Agora, no intervalo da escrita deste texto, ainda tento convencer um aluno a chegar às aulas a horas. Não faz sentido.
O António Lobo Antunes abriu uma janela. Há um lado de lá, uma paisagem pelo menos. Eu não aguento é este intervalo, esta necessidade de ser engraçado ou profundo, esta necessidade de impressionar. Estou cansado deste meio termo e ainda agora começou. Sempre fui de me cansar depressa, bem sei, à custa da minha rinite ou sinusite crónicas. Fiquei a saber bem cedo que nunca poderia jogar à bola a sério... Há quem diga que nunca me esforcei verdadeiramente. Provavelmente têm razão. Percebi há algum tempo que não se pode esperar porque não chega nunca... deve-se sempre ir buscar. Todos os dias.
Com tanta coisa a acontecer. Com o anunciado fim da confiança que depositámos nos nossos contadores de moedas. Com a revolta dos meus colegas professores com qualquer coisa mal feita que nem sequer quero entender bem. Com a morte do Paul Newman mais um filme dos Cohen e outro do Clint. A MacDonalds quer patentear a ordem pela qual montam uma "sandes" de carne picada. Tudo isto não me faz sair da letargia que me impede de opinar, de participar, de contribuir para este blog só meu. Pelo contrário estas palavras de António Lobo Antunes impelem-me a caneta sobre um bloco de papel. Nem sequer é no computador, como já me acostumei.
Porque ando preocupado com estas marcas no meu rosto, com os traços do tempo que cada vez mais me fazem companhia. "Estás um bocado acabado." disse-me, comigo ainda deitado na cama. Não me parece justo, não tive tempo.
Ainda me lembro de querer ser guarda-redes do Porto, de ainda ser possível. De querer passar a vida com uma guitarra pendurada nas costas e insultar o sistema mais os seus contadores de moedas, mas os meus dedos lentos e gordos nunca concordaram com esse projecto. Agora, no intervalo da escrita deste texto, ainda tento convencer um aluno a chegar às aulas a horas. Não faz sentido.
O António Lobo Antunes abriu uma janela. Há um lado de lá, uma paisagem pelo menos. Eu não aguento é este intervalo, esta necessidade de ser engraçado ou profundo, esta necessidade de impressionar. Estou cansado deste meio termo e ainda agora começou. Sempre fui de me cansar depressa, bem sei, à custa da minha rinite ou sinusite crónicas. Fiquei a saber bem cedo que nunca poderia jogar à bola a sério... Há quem diga que nunca me esforcei verdadeiramente. Provavelmente têm razão. Percebi há algum tempo que não se pode esperar porque não chega nunca... deve-se sempre ir buscar. Todos os dias.
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