quinta-feira, novembro 01, 2012

No jogo do aguenta, aguenta sempre o mesmo! (republicada do facebook)

A propósito das declarações de Fernando Ulrich acerca da austeridade sobre as quais pode ler esta notícia do Público.

Fernando Ulrich: “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta”

Fernando Ulrich, nascido de família de banqueiros, com origem alemã - vá-se lá perceber o raio da coincidência - não sabe o que é austeridade. Nasceu em berço de ouro e foi sempre rico. Apesar disto nem o seu curso acabou e percebe-se agora porquê (ler páginas da wikipédia a seu respeito tanto em português como em inglês). Ninguém o ouviu tão arrogante quando o banco que dirige recorreu a ajuda do estado neste termos: «O plano de recapitalização inclui a subscrição pelo Estado, em 29 de Junho de 2012, de instrumentos de dívida elegíveis para fundos próprios core tier one (obrigações de conversão contingente), no montante de 1,5 mil milhões de euros, que será reduzido para 1,3 mil milhões de euros logo após a realização do aumento de capital» (retirado do site agenciafinanceira.iol.pt com data de 6 de abril de 2012). A sua incompetência e dos seus parceiros noutras instituições financeiras trouxe-nos até aqui. A um ponto em que para ele continuar a ser rico os nossos impostos têm de pagar os juros e os empréstimos que o estado português tem de contrair para manter os cofres do seu banco cheios. Todos juntos, austeridade incluída, contribuímos para o facto de o BPI apresentar de Janeiro a Setembro de 2012 um lucro líquido consolidado de 117.1 M.€ (subida de 15.3% relativamente aos 101.5 M.€ registados no período homólogo de 2011). Mas não lhe chega. Ele ainda quer mais. É de uma falta de respeito e ignorância que não pode passar em branco. Não há quem aguente estes Ulrichs, Borges e associados e a sua completa e absoluta falta de respeito pelo povo português.

Fala-se agora da refundação do Estado. Cheira-me a golpe de estado. Em boa verdade o Presidente da Republica assim que ouvisse alguém dizer que o FMI está em Portugal a negociar com o Governo a refundação do Estado deveria mandar chamar o Primeiro Ministro e ameaça-lo de eleições antecipadas. Ninguém votou a refundação do Estado, muito menos feita para beneficiar os interesses do FMI e da Europa rica.

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