sexta-feira, dezembro 31, 2010

Dia de mudança!


Nunca o conceito de Ano Novo, Vida Nova! foi vivido de forma tão literal.

O Fundo Azul dedica a todos os seus seguidores fiéis e demais visitantes ocasionais um espectacular ano de 2011.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Art Barter, um novo conceito.


Barter significa, em inglês, a troca comercial de bens sem o uso de dinheiro, troca directa. Este conceito nada tem de original mas tem muita oportunidade nos tempos que correm. Apelos como os de Eric Cantona serão cada vez mais frequentes mas a banca e o sistema financeiro são muito pior do que a heroína. Largar não é fácil e traz consequências, sobretudo sofrimento. De algum modo este sistema monetário trouxe ao de cima o pior do ser humano. A liberdade de trocar dinheiro por dinheiro e bens que não existem por promessas de outros bens que nunca irão existir confundiu-se com outras liberdades mais fundamentais e sobrepôs-se na hierarquia. Este casino online para ricos e poderosos em que se transformaram as bolsas de valores e os bancos nada tem a ver com as lições de economia da oferta e da procura. Quanto vale uma coisa? Está mais do que visto que a abordagem académica e supostamente matemática falhou. Tantos consultores, tantos especialistas e chegamos à conclusão que o seu papel era, no final de contas, trazer-nos até este ponto, até ao ponto de rotura. Nem eles sabiam isto. Tantas contas e ninguém adivinhou que estava tudo errado...

Bem, chegados aqui, mais vale começar de novo. Troca directa. Barter em inglês. A troca directa online não é nada de novo mas a troca directa de Arte, de artistas de relevo, é um conceito que começa a fazer notícia. A 9 de Novembro o primeiro ArtBarter teve lugar em Londres e, entre outras trocas, Tracey Emin trocou um desenho por aulas de francês. O evento viaja agora para Nova Iorque. Vamos ver o resultado. Aqueles que pensavam não ter dinheiro para ter pintura ou escultura em casa têm provavelmente muito para oferecer em troca e merecem mais essa arte do que um qualquer vigarista de Wall Street cheio de dinheiro.

terça-feira, junho 22, 2010

"There are times, however, and this is one of them, when even being right feels wrong"

"There are times, however, and this is one of them, when even being right feels wrong. What do you say, for instance, about a generation that has been taught that rain is poison and sex is death? If making love might be fatal and if a cool spring breeze on any summer afternoon can turn a crystal blue lake into a puddle of black poison right in front of your eyes, there is not much left except TV and relentless masturbation. It's a strange world. Some people get rich and others eat shit and die. Who knows? If there is in fact, a heaven and a hell, all we know for sure is that hell will be a viciously overcrowded version of Phoenix — a clean well lighted place full of sunshine and bromides and fast cars where almost everybody seems vaguely happy, except those who know in their hearts what is missing... And being driven slowly and quietly into the kind of terminal craziness that comes with finally understanding that the one thing you want is not there. Missing. Back-ordered. No tengo. Vaya con dios. Grow up! Small is better. Take what you can get..."

Hunter S. Thompsom

Gonzo Papers, Vol. 2: Generation of Swine: Tales of Shame and Degradation in the '80s (1988)



terça-feira, junho 08, 2010

Quem são realmente os ignorantes deste mundo?

Meus queridos alunos,

Enquanto corrijo os vossos testes podem crer que estou consciente que ignorantes mesmo são os idiotas que criaram esta crise com ganancia e contínua soberba. Os maus alunos do mundo hoje vestem fato e gravata, defendem as regras (ou falta delas) destes mercados selvagens e sem sentido de realidade e ainda ditam as leis e falam de diminuição de despesas enquanto conduzem os seus Mercedes com vidros fumados e desfilam a sua riqueza pornográfica. Vinguem-se destes tipos, por favor! Sejam melhores!


-- Post From My iPhone

domingo, abril 25, 2010

A propósito do 25 de Abril "Não passarão, eu apoio Garzón"

Público - "Não passarão, eu apoio Garzón"

Esta revolta do povo espanhol é legítima, necessária. Assim como seria a nossa. As democracias capitalistas estão seriamente doentes e abrem espaço para os corruptos, os fascistas, para os que não têm respeito pelo ser humano mas que valorizam um qualquer deus que desconhecem, para os tios patinhas que nadam na sujidade da sua riqueza e zombam dos que nada têm. É o único espaço que abrem.
Hoje é 25 de Abril e creio que acabaram os tempos dos perdões. Há gente que devia ser encostada, lá como cá. Faltam-nos ao respeito. O tempo não é de enriquecer mas de partilhar. E continua a haver cada vez mais pobres e os poucos ricos estão cada vez mais ricos. Estou farto das lições sobre o 25 de Abril de uma geração que o conspurcou, que nunca soube o que realmente significava. Às vezes dá-me a sensação que o fizeram sem querer, por acaso. Não será verdade para todos mas é o que sinto. A minha democracia não é de cravos ou músicas do Zeca. A minha democracia é de actos. Todos os dias. A democracia tem a ver com a generosidade, com a partilha, com a liberdade de sermos todos iguais, não com a liberdade de enriquecer à custa dos mais fracos, não com a liberdade de roubar ou guardar o naco de carne para os gordos do costume.
Hoje, um grupo de homens e mulheres bem vestidos, vão entrar na nossa Assembleia e vão mais uma vez, quais pastores evangélicos, gozar com a nossa cara, de cravo na lapela. Usando para isso a legitimação que lhes demos. Vão falar do que desconhecem. Da realidade que espreitam por trás dos vidros fumados dos seus carros escuros. Vão falar de dinheiro. Do dinheiro deles porque nosso não tem sido de certeza. Não aceito mais lições de história sobre o assunto do 25 de Abril. Prefiro dar lições sobre o presente.