sexta-feira, outubro 05, 2012

O Presidente e a Bandeira Invertida.

Um Presidente hasteia a bandeira do seu país ao contrário. Este acto está carregado de simbolismo. Ainda que tenha sido involuntário. Este Presidente já nos habituou a actos desprovidos de sentido, de intenção e de alma. Uma bandeira invertida é sinal de um país vitima de um golpe de estado, um navio tomado por piratas. É um pedido de auxilio causado por uma tomada violenta e ilegítima do poder, a perca de autonomia e liberdade. Portugal foi tomado por um governo que defende interesses estrangeiros, por uma troika que quer criar um exército de escravos europeus, por falsos políticos que protegem interesses económicos nefastos. Cavaco Silva não se desgasta muito para defender o interesse dos Portugueses. Sem querer realizou o mais simbólico e preocupante acto que acompanha a comemoração da República. A Republica está no fim. A democracia também. A bandeira deveria manter-se invertida. Até lhe agradecia a ironia mas estou farto de aturar as suas tolices.



2 comentários:

J. Tomaz Soares disse...

'Morto' o 5 de Outubro, não deixemos morrer é o 'nosso' 1° de Dezembro, mas sem ressuscitar a bandeira monárquica. A nossa bandeira terá de continuar a ser sempre a republicana - e hasteada devidamente! E o 1° de Dezembro é que terá de ser o nosso verdadeiro feriado nacional, pelo significado que teve e tem na recuperação da nossa alma como povo, já que ninguém sabe bem o que verdadeiramente é o 10 de Junho, que já tantos sentidos teve até hoje - e sempre interpretados a seu proveito pelo poder de turno.
J. Tomaz Soares

José Miguel Gervásio disse...

No início da década de 90 chamaram-nos rascas por termos saído à rua e por termos de maneira mui colorida caracterizado este Cavaco e seus Ministros da melhor maneira que se podia fazer. Este mesmo Cavaco e a tropa que nomeou para dirigir o Ministério que nos tutelava, então como estudantes do ensino superior, inverteram, ou subverteram, o país académico: à cabeça, a famosa Lei da Propinas; a seguir, as ideias daquele governo sobre o finaciamento público das Universidades, e por fim, e não menos importante, a questão da Acção Social Escolar, lembras-te? Posso dizer sem pudor que se tratou de um passo decisivo para que a canalha neo-liberal se instalasse, e com o país à sua inteira disposição, fizesse e vivesse como muito bem quis. Lembras-te deles, dos nossos digníssimos Ministros da Educação: Diamantinos, Justinos, Coutos dos Santos, Ferreiras... Fizeram de nós de números, e agora querem fazer de nós supra-numerários!
Ei-los de novo a governar o país, em versão fac-simile e de pior qualidade que os que citei, e alguns dos actuais com menos habilitações que o porteiro do Pérola Negra.

Um abraço forte.

José Miguel Gervásio