domingo, março 03, 2013

Carta aberta a Rudolfo Rebelo.

Esta carta vem no contexto desta notícia publicada no jornal Público de 1 de Março de 2013.

Meu querido Ruddy,*

Tendo lido uma carta que tu de modo tão socialmente hábil publicaste no teu mural do facebook venho por este meio enviar-te esta missiva. Espero que compreendas.

Já percebi que és um adepto da epistolografia e que conheces bem a política e os políticos. Usas de muita familiaridade para com todos, pelos vistos. Para além disso imitas muito bem Christine Lagarde, menos o seu penteado prateado, como é visível na fotografia, mas hás-de lá chegar. Também dominas as redes sociais e tens, até ao momento, 28 amigos que gostam da carta que enviaste a António José Seguro. Adivinha quantos amigos vão gostar desta minha carta?

Estás convencido que os problemas de Portugal estão resolvidos. Pagamos tudo a tempo, os juros desceram, está tudo no bom caminho. A crise está a caminho do fim. Bem... ou não lês jornais, para os quais trabalhaste, nem artigos de economia sobre a situação da Europa ou andas a tomar qualquer coisa porque não podias estar mais iludido.

A verdade é que o teu patrono e patrocinador está a destruir o país. Com a ajuda de liberaizinhos de pacote como tu que se armam que percebem muito do assunto e pervertem os verdadeiros resultados desta política.

Ora nem Passos, que sempre foi mau aluno na escola, nem tu, percebem realmente o que está a acontecer. Porque acreditam numa cartilha que divide a sociedade em dois. Os privilegiados chicos espertos dum lado e o povo burro do outro. Porque acreditam que é pela pobreza do povo que se alcança a riqueza da nação. Porque acreditam que uma economia dominada pelo grande capital e sem regras se auto-regula e que o trabalho barato e o Estado mínimo é meio caminho andado para o lucro. Nada mais parvo!

Portugal empobrece a cada minuto. A cada minuto mais portugueses prescindem de uma refeição que não conseguem pagar e tu gozas. Ris-te e tratas o líder da oposição por Tozé numa carta a zombar das suas pretensões e a armar em especialista. Com o teu chefinho Relvas já é outra coisa. O fulano é aquilo que sabemos mas não se pode tocar no senhor. Já é feio gozar com Relvas. Ou, como diz o teu outro amigo Mendes Bota, é crime.

Tu não foste eleito Rudolfo. És um contratado para fazer sabe-se lá o quê com dinheiro nosso. Tem respeito! Não estás em posição de ensinar nada a ninguém. Aliás nem que estivesses terias essa competência. Não chegas lá e a presunção de que o teu paizinho político vai resolver a crise é a prova disso mesmo.

És um lacaio de um partido. Um boy. Um pretenso jornalista que na realidade nunca foi imparcial. E andas nestas lides para ganhar dinheiro. Ganhas dinheiro com a crise Rudolfo. E gozas com os portugueses.

Imagino o gozo que te deve dar observar o modo como os teus patrocinadores destroem o país, o tecido empresarial, a educação, a cultura, a saúde publica.

Por causa de tipos como tu Portugal deixou de existir e tu gozas! E és pago por nós! E gozas com a situação.

Um qualquer amiguito teu poderia brincar com António José Seguro. Não é que ele também não mereça. Mas tu Rudolfo, és pago pelo Estado para aconselhar o Primeiro Ministro. Deverias ser um fulano com mais nível. Mais qualidade.

Afinal quanto te pagam mesmo? E o que é que fazes pelo país mesmo que ainda não percebi? Dás conselhos? Tu?

Quantos colegas teus de escola se estarão a rir agora?

Envio-te esta carta aberta em meu nome. Não estou a fingir que seja outro. Mas se preferires posso dizer que isto também é humor. Só tenho um bocadinho de melhor gosto do que tu.

Se vires este texto no facebook vê bem quantos "likes" tenho e compara e repara bem para que lado pende a balança.

* entenda-se como diminutivo de "rude" em inglês e que significa mal-educado.

1 comentário:

José Miguel Gervásio disse...

Bravo menino, bravo!